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O traje da Gândara, Bairrada é uma lembrança da ocupação muçulmana. Ainda hoje em dia, as mulheres idosas trazem lenços na cabeça, ou mesmo chapelinos negros e redondos, chailes pretos, etc.





 
Cézar (Aveiro), Assar castanhas
 


 

 
A roupa de trabalho era a roupa de todos os dias. As mulheres traziam lenços na cabeça, que as protegiam do sol e do maú tempo. Ás vezes, por cima, traziam um pequeno chapelino redondo e preto.
 
Usavam blusas de manga comprida, que muitas vezes fechavam por trás. Traziam saias com saiotes até meia perna, e por cima um avental. Isso tudo era ligado por uma faixa comprida ao nível das ancas (levantava as saias para não as sujar).
 
O homem vestia calça, colete de cotim e camisa de riscado ou de estoupa de linho. Por de baixo da camisa, uma camisola interior de algodão fino. Na cabeça um chapéu preto velho. O homem trazia consigo um lenço chamado de "tabaqueiro", com uma tonalidade intensa de vermelho, que enrolava totalmente ao pescoço, ou então trazendo-o meio metido no bolso das calças; podia-o ainda trazer sobre a cabeça, por debaixo do chapéu, ou sem o chapéu.
 
Por de baixo da calça, em muitos casos, o homem nada vestia, ou então umas ceroulas. Uma cinta de lã pretachiolas, cingia-lhe toda a região abdominal para evitar as hérnias. Nos pés, quantas vezes descalços, as os tamancos ou as chancas.
O fato de cotim nunca ia novo para o trabalho. O fato de cotim novo era geralmente o fato de domingar que passava para o trabalho quando estivesse mais coçado.
 
     Cantanhede, c1870
 
  Por morte de um parente, as mulheres vestiam-se de preto «  e quase tapavam o rosto, sendo socialmente apontadas ou marginalisadas aquelas que não o fizessem. Era sinal de respeito quase religioso. ».

Ainda nos anos 2000, isso era costume pela parte das pessoas idosas. Algumas ficavam de luto a sua vida toda se o falecido era uma pessoa muito próxima (em geral o esposo). Pode notar-se que o preto é em geral reservado para o esposo ou os pais, e que para familiares próximos (irmãos) usavam-se cores escuras (castanho sobretudo).



Avo Gandaresa, Museu da Praia de Mira


 



Bibliografia:

sobre os trajes tradicionais:
- REIGOTA João. A Gândara Antiga- concelhos de Cantanhede, Mira e Vagos. Centro de estudos do Mar e das Navegações Luiz de Albuquerque (CEMAR) : 2000. pp 263, 270-273.
- Pampilhosa Uma Terra e Um Povo. n.º 16/1997 (revista anual)
- Pampilhosa Uma Terra e Um Povo. n.º 17/1998





Gandaresa, Museu da Praia de Mira



http://www.jf-tocha.pt/tradicoes.php
Traje tradicional da Gândara

 

 

Ver meu artigo :

Lenços

Tag(s) : #Cantanhede, #Cantanhede : Tradições, #Tradições, #Trajes, #Antigamente
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