Talvez alguns senhores se lembram ainda quando, rapazes, iam armar costelos. Iam de manhã cedo, sós ou em bandas. Cada hum tinha seus quantos secredos... Mas ás vezes, também conheciam o dos outros e não deixavam de dar uma lá uma visita... Como diz meu pai "conheciam o mapa", ou seja, sabiam onde se situavam todos os melhores sites : onde havia boas uvas, figos, laranjas, melros...
Iam dar uma grande volta, como hoje vamos passeiar. Mas temos de lembrar que nessa época, essas "brincadeiras" também permitiam melhorar o quotidiano. Meus pais lembram-se com nostalgia os "melritos que eram só osos, com um dente de alho", talvez hoje nem os provavam...
Aqui, um costelo que herdei do meu avô. Já não serve... a não ser para dar lembranças de tempos remotos...
No meio do costelo há um cordãozinho com um pedaço de vide talhado chamado pingalhete (1) e um espeto de ferro (2)
Iam dar uma grande volta, como hoje vamos passeiar. Mas temos de lembrar que nessa época, essas "brincadeiras" também permitiam melhorar o quotidiano. Meus pais lembram-se com nostalgia os "melritos que eram só osos, com um dente de alho", talvez hoje nem os provavam...
Aqui, um costelo que herdei do meu avô. Já não serve... a não ser para dar lembranças de tempos remotos...
No meio do costelo há um cordãozinho com um pedaço de vide talhado chamado pingalhete (1) e um espeto de ferro (2)
(1) No cordão mete-se um insecto na parte de cima (aqui pus uma herva), esse fica preso graças ao pingalhete que aperta o cordão. Um corte especial no pedaço de vide permite segurar o costelo armado. O insecto é deixado vivo porque assim atrai melhor. Quando a ave puxa no insecto, o ferro segurado pelo pingalhete salta e o costelo fecha-se de imediato, deixando a ave prisoneira. | ||
(2) No pedaço de ferro espeta-se um grão de milho ou pão. Funciona como no (1). Usa-se mais para aves maiores (gaios, pombas, pombos bravos...). |