Primeiro de Maio Corre o boi e o veado
Quando em Maio chegar Quem não arou hade arar
Maio pardo e ventoso Faz o anno formoso
Maio couveiro Não é vinhateiro
Agua de Maio Pão p’ra todo o anno
Quando Maio acha nado Tudo deixa espigado
Em Maio Onde quer eu caio
Em Maio Com somno me caio, Em S. João Por esse chão
Guarda pão para Maio Lenha para Abril, E o melhor tição Para o mês de S. João
Peixe de Maio A quem t’o pedir dae-o
Pão tremês Não o comas, nem o dês, Mas guarda-o para Maio.
A quem em Maio come sardinha Em Agosto lhe pica a espinha.
Quem quiser mal à sua vizinha Dê-lhe em Maio uma sardinha.
Em Maio Come as cerejas ao borralho.
A boa cêpa Em Maio a deita. |
De Maio a Abril Não ha muito que pedir.
Em Maio A quem não tem Basta-lhe o saio.
Camaras de Mayo Saude de todo anno.
Maio pardo Faz o pão grado.
Maio pardo Anno claro.
Maio pardo Junho claro.
Maio pardo Faz o grão grado E o anno farto.
Enxame de Maio A quem t’o pedir dae-o, E o d’Abril Guarda-o para ti.
Maio come o trigo E Agosto bebe o vinho.
Uma agua de Maio E três d’Abril Valem por mil.
Em Maio Deixa a mosca o boi E toma o asno.
A quem não tem pão semeado De Agosto se faz Maio.
Saveis de Maio Maletas de todo o anno.
Agua de trovão Em parte dá em outra não.
Em dia de Ascenção Até as trigueiras dão pão |
Fonte :
Revista Lusitana, vol II, Livraria Portuense, 1890-1892, pp131-133