Sol de Março Queima a dama no paço Sol de Março Pega como pegamaço, E fere como maço Agua de Março Peior é que nodoa em pano Em Março Nem rabo de gato molhado Março marcegão, P’la manhã rosto de cão E á tarde de bom verão Março marcegão, P’la manhã rosto de cão E á noite cara de cão Março marcegão, P’la manhã dia bonito, A’ tarde um bom borregão Março marcegão, P’la manhã dia bonito A’ tarde cara de cão Março marcegão, P’la manhã focinho de cão E á tarde sol de verão Março marcegão, Manhã d’inverno Tarde de verão Março marcegão, P’la manhã rosto de cão E á tarde de bom verão Março marcegão, P’la manhã cara de cão A’ tarde cara de rainha E á noite cava co’a foicinha Quando troveja em Março Apparelha os cubos e o baraço Quem não poda em Março Vindima no regaço Podar em Março E’ ser madraço Tempora, é a castanha Que por Março arreganha Se queres bom cabaço Semeia em Março O grão em Março Nem na terra nem no sacco |
Como vires a primavera |
Fonte :
Revista Lusitana, vol II, Livraria Portuense, 1890-1892, pp126-128